Implantado em um terreno em aclive envolvido pela mata, essa galeria redesenha a topografia para diminuir a massa construída visível, organizando parte do programa semi-enterrada e parte em um volume elevado com uma estrutura em balanço que visualmente flutua sobre o jardim e a praça de entrada, no intervalo entre os dois níveis expositivos. Tratada como continuação do espaço urbano, a praça coberta define um espaço de transição e permanência que orienta fluxos, abriga áreas de apoio e permite a visualização da sala localizada no pavimento inferior, rebaixada 4,5 metros. O outro espaço expositivo, por outro lado, é um pavilhão fechado e regular no pavimento superior, definido pela caixa de aço oxidado. Este elemento dominante na paisagem, construído em estrutura metálica, favorece a máxima flexibilidade do espaço interno e apresenta sutis deformações que permitem a criação de aberturas zenitais ao longo de suas paredes.