Grande Galeria e Restaurante Inhotim
Este conjunto parte da interpretação do lugar, reforçando o potencial articulador de sua localização centralizada no Museu, tratando o edifício como paisagem modificada e criando múltiplos acessos a partir de percursos oriundos das diferentes paisagens – mata, fazenda, jardim. Um conjunto de áreas expositivas integradas que favoreça exposições de maior extensão e um restaurante se resolveu em 4 blocos que se implantam cuidadosamente através do redesenho do perfil do terreno, gerando terraços habitáveis, tetos verdes e taludes ajardinados. Esse redesenho do chão reduz a altura visível dos volumes à escala usual dos pavilhões existentes.
A organização interna da galeria cria sequências variadas de espaços expositivos, caracterizadas a partir das diferentes qualificações ambientais – escala, dimensões das salas, luz artificial ou zenital, fechamento e abertura para o exterior, materiais, transições entre níveis. A alternância entre exposição e paisagem reforça as transições mais qualificadas e variadas entre interior e exterior, promovendo uma gradação sutil entre espaços fechados, semiabertos, avarandados e recintos abertos, espacialmente demarcados pelo próprio desenho do edifício.
Uma restrita paleta de materiais assegura unidade ao conjunto: pisos em concreto ou madeira; estruturas e tetos aparentes; vedações em vidro temperado; fachadas em pedra madeira verde com diferenças sutis de paginação e tonalidade; coberturas verdes continuando o paisagismo circundante.