recepção pina luz
O redesenho do salão de entrada da PINA Luz procura reverter seu atual caráter de passagem e transição em lugar e espaço de permanência, definindo uma nova escala e ambiência para a área de acolhimento do museu. Mudança que pretende conferir a identidade do museu a este espaço de recepção, oferecendo boas-vindas a seu público.
Para tanto, propõe recuar o controle de acesso para o interior do salão, junto à porta que acede à passarela metálica do primeiro pátio. Assim, o espaço de acolhimento, hoje restrito à varanda frontal, se multiplica por quatro para atender ao público ampliado das visitações de fins de semana e feriados. E o salão se oferece como continuação do espaço público, sem controles ostensivos. A abertura de todas as portas da varanda sinaliza o acolhimento e reforça o caráter público e aberto da instituição. Altera-se para isso o fluxo de saída dos visitantes para o nível inferior, estimulando a passagem do público pelo café e pela nova loja do museu.
A requalificação integral da ambiência do salão se realiza através da criação de um teto iluminado que redefine sua escala, enfatizando sua longitudinalidade através de faixas paralelas de tecido branco que funciona como difusor/rebatedor para uma nova iluminação. Um elemento de presença forte e ao mesmo tempo delicada que traz luz e vida ao espaço. Variações na altura de trechos desse teto repercutem a presença dos principais elementos no piso: balcão e banco produzem trechos de pé-direito mais elevado; conjuntos de estofados produzem trechos de pé-direito rebaixado. Essas diferenças demarcam sutilmente o eixo principal que organiza o museu e coincide com a porta de acesso central e a passarela metálica. A luz apresenta temperatura de cor mais quente (amarela), de modo a conformar um ambiente intimista, e é heterogênea, com variação de densidade nos distintos recintos.
Liberar o espaço para a livre circulação e proporcionar lugares para parar, sentar e planejar a visita, esperar, descansar ou conhecer a programação antes de ingressar é a principal estratégia do arranjo interno com vistas a atender a um público com interesses variados. Para tanto, o balcão se desloca para um dos lados, e de outro um banco-ilha com pontos de eletricidade permite a pausa para recarregar os equipamentos eletrônicos. Outros dois recintos, demarcados pelo mobiliário estofado modular e por um rebaixo do teto, se relacionam com o painel informativo da programação, de um lado, e com informações de apoiadores e patrocinadores, de outro. O conjunto de assentos acomoda confortavelmente até 34 pessoas sentadas no salão.
Dois tótens para impressão de ingressos se localizam internamente, ao lado da porta central, e outros dois são previstos em cada um dos lados da varanda externa, próximos aos guarda-volumes.
Balcão e banco se desenham a partir da reutilização da madeira dos balcões existentes, somados a estruturas em chapa metálica com pintura no mesmo padrão dos elementos estruturais de passarelas e guarda-corpos. Essa solução reforça a oposição entre o piso escuro e o teto iluminado que passará a caracterizar o recinto.