apartamento tinguá

O edifício Tinguá (1968-1970) é um dos primeiros projetos do prestigioso arquiteto Éolo Maia, numa fase inicial de sua obra em que encontramos referências modernistas e uso dos materiais aparentes. Os apartamentos foram pensados tendo como pressuposto a economia construtiva, por isso não foram utilizados acabamentos dispendiosos. Sua estratégia é criar soluções espaciais elaboradas, explorando a qualidade plástica dos elementos arquitetônicos, tanto nas áreas comuns, em que são marcantes os volumes das escadas em concreto com piso em pintura epóxi nas cores vermelho e verde, como nos apartamentos, em que se destaca o volume central de concreto aparente dos banheiros, elemento que separa a área íntima da social.

A reforma deste apartamento aconteceu em duas fases, tendo como pressuposto a valorização do primoroso projeto original.

Na primeira (2008), foram renovados os banheiros, trocado o piso da varanda e desenvolvido mobiliário especial, com destaque à grande estante modular de 12m lineares que atravessa a sala.

Na segunda fase (2023), foi reformulada a cozinha e áreas de serviço, demolindo a parede divisória da sala e integrando os espaços. A disposição da cozinha foi totalmente alterada, criando uma ilha central e reposicionando a bancada molhada. O piso foi nivelado ao da sala, recebeu novo acabamento em resina epóxi autonivelante, a marcenaria foi renovada e incluiu o desenho das banquetas, desenvolvidas para este projeto. A qualidade dos espaços originais foi assim exacerbada, conferindo maior amplitude ao apartamento.